domingo, 8 de janeiro de 2012

Kill List (2011)

Filme inglês incômodo e brutal, segundo trabalho do diretor Ben Wheatley, pouco conhecido por nós brasileiros - independente e vencedor de vários prêmios em alguns festivais na europa, entre eles, o de melhor ator coadjuvante para Michael Smiley no British Independent Film Awards.

O início da trama, mostra a rotina de uma família em crise, Jay (Neil Maskell), Shel e seu filho - entre brigas e reconciliações, recebem a visita do amigo Gal (Smiley) - que traz para Jay uma proposta de trabalho, com muita grana envolvida - Jay a princípio recusa, mas após outra briga - aceita o serviço - assassinar três pessoas. O passado de Jay é revelado através de diálogos entre os personagens, sabemos que o mesmo é um ex-combatente, assim como Shel e Gal - e que teve um serviço malsucedido em pouco menos de 1 ano, que o deixou um pouco paranóico. 

Quando conhecemos o contratante do serviço, já sabemos que não será um trabalho comum, um excêntrico homem de terno preto, de poucas palavras, que corta a mão de Jay , assim como a sua, numa espécie de pacto de sangue - piora quando vão atrás da primeira vítima da lista - um padre - que antes de ser alvejado com o tiro, agradece a Jay. A partir daí, a dupla entra em mundo sombrio, onde toda a sanidade dos dois será posto a prova. O que parecia ser um simples filme de ação, onde dois matadores tem que executar um serviço - se torna em uma estranho e sombrio thriller. Jay fica curioso pelos motivos das mortes, e toda sua paranóia vem a tona, preocupando o amigo Gal - e com o decorrer da trama, de caçadores se tornam a caça.

O roteiro do filme acerta ao não mostrar o passado dos personagens através de flashbacks, apenas diálogos nos dão uma noção do que aconteceu e do que está por vir - opção também interessante em não revelar muita coisa sobre o sombrio Contratante do serviço, assim como outros personagens, entre eles a atual namorada de Gal, a estranha Fiona. Sem muitas explicações o roteiro segue para um final trágico, que nos deixa sem entender os motivos para o tal - mas choca de uma maneira brutal. A edição com cortes secos é incômoda - deixa o filme num clima de tensão crescente e agonizante.

Com mais perguntas do que respostas, Kill list é brutal a misterioso a sua maneira - poucas são as cenas de violência, mas realmente fortes - é estranho, incômodo - daqueles filmes que nos deixa sem lugar quando acaba - Méritos por ser um filme independente e nos tirar da mesmice dos blockbusters de Hollywood.





Dirigido por: Ben Wheatley
Elenco: Neil Maskell, MyAnna Buring, Michael Smiley


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